sábado, 11 de julho de 2020

(...)

quando me dei conta 
de que não é assim 
o começo do poema 

foi quando eu 
já estava nele, 
tive pressa para deitar 
mas tive tempo
de te abençoar 

da rua só posso percorrer
as palavras, 
desse arder que me dá 
nas narinas, 

penso no pulmão 
eu que não
digo não, 
e nem coitado,
devo admitir

e eu que entrei no quarto 
devo chamar
assim 
as cortinas 
parecem me levar para 
dentro do armário 

do beijo que te dou 
com os olhos arregalados 
a cena 
que amor 
gostoso o mundo acabado 

não está nada bem 
é o que parece 
o mundo dizendo o meu () 

até que abrir o leque 
é mais ocultação 
do que

e eu que ousei dizer 
Não é sim mais 
uma vez 
eu não sei mas 
quero parir 
o verbo entre nós 

nunca vai ter fim \ 

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