terça-feira, 28 de setembro de 2021

quero ao menos sorrir

me faça sorrir
ao menos uma vez 
da nossa desgraça 

um amor tão triste 
assim ao menos
não me deixa saídas 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

o que fizemos das nossas delicadezas

o livro 
o que fizemos das nossas delicadezas 
está em mãos! 

quero agradecer colossalmente aos que apoiam, creem, leem poesia. em tempos tão delicados, haja poesia, viva poesia. e a quem segura a minha mão pelos labirintos da vida e da palavra. 

você que adquiriu o seu exemplar de "o que fizemos das nossas delicadezas" pela Editora Folheando na pré-venda, saiba que esse gesto é de muita significância, assim você garante que mais livros circulem antes mesmo da impressão. 

estarei ao longo da semana cuidando dos autógrafos, dedicatórias, embrulhos, os marcadores e tudo o que há de bom e exclusivo para enviá-los aos correios com toda a delicadeza que for precisa. 

você ainda pode comprar o livro através do link na minha descrição do perfil (bio) ou entrar diretamente no site da editora: 

www.editorafolheando.com.br 



segunda-feira, 20 de setembro de 2021

canção

quero pintar 
as cores da sua casa 
sair pela cidade 

cantando as letras 
que você esqueceu 
de fazer pra mim

ser o motivo 
do retorno
e não ter lugar 
além de coração 

sábado, 18 de setembro de 2021

o passado é uma roupa grudada

lembra você 
montando na fronteira 
das minhas costas

e dizendo 
que o maior perigo do amor
é de ter de carregá-lo

o meu coração 
não aguenta orgasmos múltiplos 
não aguenta a ideia 
de beijá-lo 

sabe bem o peso
de ter de desgarrá-los
nossos corpos; nossos passados 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

as borboletas vinham

o segredo é se esconder detrás das borboletas

não esperar o grilo da noite acidentada 

as blits pararam a minha rua agora como vou controlar o meu tédio 

a borracha das maçãs no fio do seu canivete 

carnívoro devoraria tudo se não fosse o pecado 

despeço-me. porque não sei mais o que dizer porque estou fermentada 

e não restou nem uma uva 

aqui dentro e apontei para o peito

tudo em nós, 

uma ausência continuada 

as palavras cheiram a coágulos

estendi o lençol vermelho

reparastes? 

sou tardia  

calçada estendida 

nossas mãos, 

nada firmes

os rostos acusações 

mantém-se, 

você me diz que o escorpião 

fere a sua moral

eu diria que o animal 

é inofensivo, 

eu digo que tudo em nós 

nos fere e amansa 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

face do dia

vi o dia amanhecido 
na preguiça 
do teu corpo 

não sei se eu acordava 
ou se espreguiçava 
o meu contorno 

no teu tornozelo
no zelo do teu entorno 

vi o dia nascer 
diante do meu rosto 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

enluarada

me deixe dormir 
mais uma vez
no cheiro 
da tua cama

bordada de beijos
anunciada 
noturna 
distanciada morte 

nos cubro de insônias 

marítimo

descobri o teu nome
na boca de um pássaro à beira 
dos cabos de cobre 

o teu nome que pouco importaria
se não fosse a minha sede
que pouco importa 

se cala ou clama por tuas águas 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

brasil

quem dera 
o amarelo 
da sua bandeira

não fosse 
desespero 

pormenores

gostava de assistir 
o seu pau
meia lua
parecia uma meia lua
você gosta da minha canção
você gostava
quem quebrou o seu nariz?
não se fazem mais águas ardentes
como antigamente
quem ralou o seu joelho?
isso é proibido
e aquilo também 
mas o seu cigarro
do banheiro 
vem até o quarto
quem te deixou tão suicida? 
não se fazem mais bolas
como as que nós chupávamos