sexta-feira, 10 de abril de 2020

vivamente

vive plenamente que o amor
se liquida, que as aves se contenham
em seus voos, a liberdade ainda será 
a corrente a molhar seus bicos, 
a estender o pouso e a brindar 
as novas penas, ainda mais 
brilhantinas, nus instantes o sol
o rio e as pedras
hão de ser reflexos das cores 
por quais caminhos sobrevoar 
por mais distinto que seja o depois 
deveis continuar, não haveis de temer 
se o amor pedir descanso 
o vento tuas asas desalinho 
ainda assim vívida, permite a si 
e redescobririas, o tamanho do céu 
ainda maior, leve sob teus braços
gigantes o peso do amor 
ainda recém nascido, é tempo
a vida que em ti se assombra, a liberdade
que mesmo permanente te reinventas 

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