quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Tão doce que te adoeceria

Eu vi a cor dos seus olhos submissos dilatarem ao toque da minha volúpia, senti a sua neblina me cegar por seis horas, até nos perdermos em algum rumo que insiste em nos se-parar. O que é certo ou errado? Você me desnorteia sem a resposta na ponta da língua, e me lambe com a dúvida o pescoço eriçado, me descaminha e faz eu me sentir ainda mais perdida. Sou de fases e carrego a Lua como ascendente, mas você não me admite distante e rompe as sete ou dez cidades pelos céus da quase-primavera em um voo noturno. Sonha comigo, eu sonho conosco, e penso se não é pesadelo, porque meu sangue cigano anuncia que só seremos eternos em minhas prosas. Você pode me transformar em música se quiser tocar a alma, só não furte a minha calma com alguma melodia plagiada. Eu quero ser única, e sei que você vai provar todas as bocas da cidade só para buscar o doce que roubou da minha, porém, o destino não quer que você sofra com diabetes ou falta de crenças 
Eu já te disse que sou uma doença... 

3 comentários:

  1. É, você adoece qualquer um e cura as gentes - como eu, com versos.
    Saudações,

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  2. Sabe quando a gente se identifica com algo? Poisé!!
    Muito bom te ler ;)

    beijoo'o
    flores-na-cabeca.blogspot.com.br

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