terça-feira, 15 de setembro de 2020

os poemas pararam no boteco
riram do escárnio
saíram sem pagar
na rua dos Cataventos
despiram com os olhos as pregas
das mulheres e suas saias nos joelhos 
era amanhecer
os poemas partiram para os arcos
trilharam sob os bondes 
passam rápido 
e quando se avista o fim da linha
os poemas nasceram 

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