terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Você leu os meus avisos em algum muro?

O que existe no fim do túnel é a mesmice do início
Talvez com algum semáforo a mais te implorando
Pra parar por 1 minuto pra pensar em mim
E no sotaque que te paralisa
Há um pombo branco no meio da Avenida Atlântica
Desfilando a paz que nenhum carioca teria
Tão imundo

Existe eu aqui de óculos extravagantes a mostrar
Que não existe amor à primeira vista pra uma míope
Que você precisa aguentar os meus diálogos sem vírgula pra respirar
Isso de vírgula para descanso é mentira.
Eu tô cansada, sabe?

Não te avisei de minhas últimas cicatrizes do ano passado no braço direito e nem que aos fins de semana o meu corpo manda em minhas atitudes estúpidas. Eu mal te disse sobre a minha alergia à pimenta e que os gatos sempre tendem a me arranhar porque tenho cheiro de cachorro na alma. Você não sabe que eu te amo antes de falar contigo e que fica ainda mais bonito dentro de mim. Parece que eu te engoli. A minha febre e a insônia se curaram mas ainda sinto dores e você sabe onde e no fim você sabe de tudo.

Falta te contar que o Rio de Janeiro é lotado de pombos que possuem mais paz do que nós dois.

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