segunda-feira, 10 de abril de 2017

sento a escrever suave 

tive tempo de buscar 

palavras inventivadas 

assim nos encaro impotente 

diante do manejo de sentidos


logo pela manhã pão quente 

com manteiga fria, 

cigarro oco pra abafar jejum, 

surgem as palavras dormidas 


passei por um sonho longo 

de personagens ausentes 

em memórias mais remotas 

antes de acordar 


o sol bem mansinho

essa mulher na rua escrevendo 

um livro, ao chão, 

seu corpo inscrito

desses olhos aflitos, passagem


o vento muito brando 

peço desculpa por insistir 

tanto quanto ao destino 

por não saber sequer 

há volta se irmos? 


3 comentários:

  1. Li teus textos, e ridiculamente eles confundem meus pensamentos.

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  2. você sempre se entrega aos versos, isso é tão profundo, fico emocionada sempre que te leio e nunca me canso de vir aqui.

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  3. Sinto que escreves como quem escreve um recado e deixa sobre a mesa, para que se alguém se interessar leia e a interprete livremente.

    Parabéns. Bjos
    canalcereja.blogspot.com

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