terça-feira, 2 de abril de 2019

era perto do inverno quando me disse
da quentura ao abrir a boca,
a maçã doce na boca da lua
enluarava também os meus 
o corpo do sofá dormente
de propósito decido erguer o meu
abro os olhos à noite
e encosto o coração
na bancada fria
esquento os pés à pé
de longe as garrafas
brilham na luz da boca enluarada
meto os dedos entre a brasa,
doce de maçã na boca,
queimo como em pleno inverno

Nenhum comentário:

Postar um comentário