era perto do inverno quando me disse 
da quentura ao abrir a boca, 
a maçã doce na boca da lua
enluarava também os meus  
o corpo do sofá dormente
de propósito decido erguer o meu 
abro os olhos à noite 
e encosto o coração 
na bancada fria 
esquento os pés à pé 
de longe as garrafas 
brilham na luz da boca enluarada 
meto os dedos entre a brasa, 
doce de maçã na boca, 
queimo como em pleno inverno 
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