terça-feira, 9 de setembro de 2025

tudo o que nos resta

tudo o que nos resta, meu amor
é morrer

ou podemos recitar poemas
dentro da cama no céu de outubro

o céu aberto. nós abertos.
sem desculpas, cerimônias 

destituídos da linguagem. inculpados. 

o coração, meu amor 
é uma desocupação

podemos enfeitar o tédio dos dias 
com as nossas vozes ilícitas,

e lúcidos, idílicos, impudicos 
depois morrer. 

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