quinta-feira, 29 de abril de 2021

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
última parada

canto
da rua 
fora do rumo 
o equívoco
me leva
ao corpo
almejado
seu 
passo brando
retorno à memória
beiro a distância
predestino a história
já mais vívida 
avanço
mantenho
os passos
e acho estúpido 
o descuido
cruzando 
nossos caminhos
colidindo 
nossos corpos
confusos 
da rua 
você para
o pensamento 
e me vê
apressada 
suando 
de frio
calor
a hora do almoço
você passa 
será 
qualquer 
o motivo
mudo
de calçada
vazia
você
também sorri
assim
esticando
os lábios 
pro canto
pressionando
a pele
na parede
as folhas 
subindo
descendo 
os troncos
as curvas
desvio
aqui 
seu
sorriso
virando
a esquina
paro 
ali 

Nenhum comentário:

Postar um comentário