terça-feira, 2 de julho de 2019

me abriu o caderno com as mãos em mim e eu dizia sobre o eu em você

órfico eu em mim encontrava nós confrontando o espelho

refletia sob as asas um pássaro ferido pelo orgulho fragmentos riscados

um nome indiscreto assinava avulsas mensagens andarilhas erguidas na aurora

o rosto perfilado não me olhava perdido reparava a paisagem olhos de pesquisa 

pura vaidade e vaidade pura 

quando observávamos as alturas fantasia uma cama prazerosa e eu gozava em seus papéis

o amor é um prazer gestual arquivado na memória

2 comentários:

  1. Um novo bom exemplo em que a pontuação traria outro sentido, na minha opinião mais profundo, ao poema.
    E o 'gozava' no meio dos versos,....não gostei....:-)

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    1. Querido, agradeço que leia meus poemas e goste de tecer comentários, no entanto, na minha opinião, eu prefiro que o poema primeiramente me agrade. Eu amo que gozar esteja no meio dos versos. Abraços!

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