quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Gostaria de ver como soam em teus lábios contidos palavras de amor a um mundo menos violento

Pois é impossível ignorar a leveza das rosas murchando no inverno de lágrima e riso solto

À cor dos olhos intranquilos no vagão incinerado na avenida atlântica

Talvez você saiba o sabor dos tons da madrugada passiva na orla das intenções marítimas

Mas sem preparo ao mergulho teus braços buscam areia das horas que deslizam nas noites da praia deserta

E morre afobado quando em solidão o peito arfa feito maratona do mar em revolta

Enquanto a boca espumada entrega o sal das correntes vindo de um Portugal insosso

Transitaria nas palavras de amor embarcada nos sentidos que flutuam sonhos ancorados no castelo de memórias

E sem motivos de volta a maré em homicídio entre corpos estirados e balas de canhão o coração blindado

As multidões em brasa e a distante praia gostaria de te ver declamar que o amor está em tempo de guerra continue antes de afogar continue a nadar

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