sexta-feira, 27 de junho de 2025

asa em chamas

a ave de pedra e fogo delineia um 

lírio delicado na sombra do sol

entre os joelhos, 


revisito o sítio de vidro e vícios – 

           vinho escorrendo dos seios.

nós escorpiões no escuro 


convido-me para mais um cálice,

embora o poema faça ruídos descalço 


o vento elucida a questão. pulso:

viver à sombra da memória pousada, 


ser a visão translúcida de uma asa 

(em chamas. 

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