Amanhã opero os meus olhos. Ver de novo. Mover o vulto. Reflexões. Escuto a ressonância da noite. O meu olhar silente. Nos dias seguintes, ficarei impelida de ter enxergar. Me imagino despelada. Ouvir-te até cauterizar o silêncio. Silêncio de pássaro mudo. Mas ouço comovida as tuas patas indecentes à firmeza indiscreta dos aços. Dos dias sem sintomas de claridade. Adeus, aurora.
10/09/24
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