domingo, 1 de setembro de 2024

10-09-24

Os bichos da luz retornaram. Estão desvairados pela sala, entorno da lâmpada amarela. Tenho as pastas de Walmir Ayala em minhas mãos. Elas escapam e me cruzam. Fazem o sinal da cruz na mesa. Monto um atlas, percorro a sala de consultas. Luzes sem bichos em volta. Na sexta conheci o pai dele. Meu coração não me manda nenhuma luz, mas o sinto queimar como as asas translucidas dos bichos que esbarram no colar da lâmpada amarela. Minha voz é o som das cinzas encrespadas. 

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