do blazer que você despojou sob
a coluna da cadeira,
o poema dizia úmido sobre o seu beijo
dentro da noite estrelada entre 
os furinhos da rede,
balbuciei com os dedos versos
que eu obtinha no cós dos ombros 
entre os lençóis do quarto entreaberto, 
o meu rosto entre 
os feixes das velas entre 
as taças de um vinho verde,
o seu rosto entre 
os peixes da Guanabara
flutuava, entre sonos
o meu coração, ainda que mais acordado 
do que as buzinas dos carros, se abriu – 
à porta do sonho por debaixo da dobra 
de dentro do poema que eu te trouxe à casa. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário