sábado, 5 de março de 2022

Costela (2014)

Cuida bem do meu excesso de paranoia
dos quatro mil sóis que acharei 
enterrados em seus cabelos
das metáforas que forem criadas 
só para eu te fazer único
não só em meu coração
mas também nas minhas poesias. 

Cuide das minhas e suas futuras rimas!
porque só sei fazer versos repetitivos 
nessa vida, porque escrevo 
com o meu sangue, a língua, as tripas
cuida da minha falta de tamanho 
não só por ser pequena
o mundo é grande, me engole. 

Devore o mistério a boca 
só não me cuspa, degusta
faça dos meus restos a sua ideologia, 
sua culpa. E eu te dedicarei a Lua 
escondida entrelinhas da minha costela
só para que te assista dormir em cima dela.  

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