segunda-feira, 21 de março de 2022

amarelo eternidade

a borboleta ensaia a morte 
amarela como o seu corpo de pétala 
os meus versos vieram 
à vida prematura 
o teu rosto lívido 
como quem dorme pela última vez

o sono dos puros 
a cor da sua íris o mel descalso 
a altura das árvores a teoria das cordas 

maiores do que os nossos olhos
nesta manhã eu acordei 
e você ainda sonhava 
há delicadeza no simples gesto
de paralizar a eternidade no corpo 

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