nos dias suados, áspero
nos dias envernizados 
é o da minha solidão 
as cobertas não encobre
-nos
ela dorme 
sem os olhos descansados 
com o sono dos que estão cômodos
há este medo que se ouve do outro lado
muda, corcunda, envolta em meus braços 
a lucidez me obriga
a chamá-la 
de minha 
ainda mais assim rente ao corpo 
as vezes ela decide 
sem abrir a boca 
engolir o mundo
-nós 
de uma só bocada 
eu procuro as pílulas, leio as bulas 
me interesso por quadrinhos 
e penso em esburacar as paredes 
penso em esperar que ela volte 
para o lugar estreito
e comprimido de sempre 
eu própria não regresso
eu própria arregalo a boca e nos devoro 
Essa lucidez é a imensidão de Cosmos, na tua voz e poesia.Teus olhos vêem o que tua alma sente e eu como gente confessa, amoisso.
ResponderExcluir