sob o rosto monótono 
do copo de plástico 
como um morango 
esmagado num drink de 51 
o outono senta cabisbaixo 
descascando 
o balanço paira 
o parque às traças
as crianças esquecem 
de brincar e de cair 
quem veio me disse que anoitece 
um senhor faminto 
alimenta os pombos 
famintos 
me avisam não só da prontidão 
da migalha do tempo 
apontam para o meu umbigo talvez 
ser adulto seja a solidão dos parquinhos 
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