dormir sob o seu nome sonífero
sonambular pela noite enfeitada  
ainda não esculpimos as palavras 
que residem em nossas pálpebras 
mas vou me distanciando das estantes 
ainda guardo o relógio no bolso
e a rosa da folha de goiabeira 
você perambulando sob o teto
ainda teríamos de secar as roupas
os nossos rostos de espuma
e os pulmões encardidos 
é muito tarde para dizer que não seríamos
os velhos pirragos dos automóveis 
ainda é por entre os dedos que fizemos
o que os laços fazem aos cabelos 
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