terça-feira, 13 de março de 2018

Aos Sóis do teu melado

Flertadas de Grande sol
e Silêncio curioso,
O ânimo das árvores
Ressurge das covas dos teus beiços

Sei portanto das entradas
Escapatórias
Os vidros, acenando
Aos que esnovabam da paz
Achada em tua natureza

Brotam como cicatrizes anunciando
O poema ressurge feito convite 
Comparado às tuas covas

A neblina da Serra dos teus olhos,
É tanto que se percorro,
Recorro a outras órbitas
Capaz de menos solidão

Tornado o susto ao rir teu rosto
Defronte ao escárnio de um amigo
E logo tremia de coisa embasbacada
Ri teu rosto por existi-lo
À criatura desse olhar ternura
Textura de ternura mel

Ao pensar que me olhavas
Queimei luxúria
Porque me vi como criança
E me vi beijar teu rosto
Com ternura igual teus olhos

Parece que entrou
Em mim
Você
Aquele momento
[Te levaria pra tomar sorvete ou
Sol
E logo esqueceremos de morrer]

As crianças ao longo da rua
E nós desbaratinados, 
É quando a gente come vento
E sente gosto de pastel

Teu rosto e as crianças descontraídas 
Moedas tilintando
Os anéis
As unhas
O que mais tem ruído? 

Parece banal
Mas sonhar teu rosto
É um sintoma atípico
Imagina o Sol descongelado
Descontrolado
Imagina a chuva seca
Reflete essa insolação

Parece tanta coisa
O Sol abençoou tuas mãos
A natureza esculpiu teus olhos
Rimou-te com ternura,
Solidão
Com o doce das abelhas
Contida em teus beiços, Verão

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