segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Condução

Caminho
pelo vale distante
Rochas úmidas
essa estabilidade 
dos dedos 
Enquanto a ponta
dos espinhos 
cravam gravuras arbitrárias 
pela pele ressequida
acumulada de sol e sal

Enxergo
o riacho ao longe 
só os olhos a mirar 
mas tudo em volta
desacredita 
Caminho
seguro as pontas
sem as rosas cor do sol 
agora se acumula até 
aqui dentro 
onde a epiderme não alcança

Os rios saborosos criam nuvens 
e chocam o calor de tal 
vista falha insiste
ver água

Caminho
como se ir fosse preciso
Transatlânticos automóveis a
bicicleta do banco laranja 
tem vezes 
que é preciso parar
Devagarinho 
Enquanto fluxo tranquilo segue e 
os pés os olhos
essas marcas são 
este 
Caminho 

Um comentário:

  1. Sempre original, como a natureza parindo as estações.
    Boas Festas!

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