não sei se você ainda me lê
se me percorre ágil com os olhos
ou recorda do agito desses lábios secos 
como se fosse confissão 
cada travessão em desconforto
e as vírgulas 
os pontos que nada justificam
só te botando em busca 
à procura e toda minúcia 
detalhada em arte de rua que você não
vê
mal sei se ainda me lê 
mas estou transfigurada num esboço  
todo instinto marcado na pele em tinta 
torcendo os nós que a mudez traduz 
no almejo de não passar despercebida
entre cada ponto que você sequer nota 
virei mais uma distração
enquanto sua face não se inclina 
coração imóvel sem sinal de vida 
as rotas 
me segue
anota
os pneus em uivo e o muro rima
a poesia como um guia 
Como pode ser tão autêntica na escolha das palavras?
ResponderExcluirContinuo encantada com a sua escrita, moça... vou me identificando a cada verso...
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