sexta-feira, 14 de novembro de 2025

sequer viraremos as costas

estou a dois palmos de escapar
das tuas mãos,
o céu recorda a cor dos abajures
sob a neblina da cortina,
a leveza do teu sopro impaciente
na quina do cóccix
palavras com brincos revelam
a crueldade da nossa despedida

no adeus, sequer viraremos as costas 


Nenhum comentário:

Postar um comentário