sexta-feira, 8 de agosto de 2025

alarde

I

eu tremo quando te escrevo,
eu tremo, te escrevo. 

a lua valsando descalça
sob nuvens lilases

anúncios nos letreiros das bancas: 
tu virás junto à tempestade. 

II

eu venho a ti. embora 
não se anuncie o ruído dos sinos. 

ainda que vivas: 
trovão – inaudível 

fim do alarde. 

III

vê-se o sinal de um desastre.

soa o alarme (infravermelho) dentro 
de uma sala inócua 
no peito. 

IV

eu te amo e tremo quando te escrevo. 

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