o poema que não escrevi me acusa
sem rancor, mas com um fiapo
de sangue coagulado nos olhos.
sem palavras que me justifique,
o fito com o mesmo sangue,
este que, ao invés de nos olhos
se pende às marginais da boca.
não preciso dizer,
devorei-o.
Lembrei do "Decifra-me ou te devoro"...
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