a palpitar no pulmão seco de um rio
às margens, a memória de uma imagem
supensa como um corpo enforcado. 
O seu rosto. Uma ofensa às tardes
em que o sol se esconde, você 
que surge feito uma única bicicleta
em uma ciclovia deserta, desabitado. 
Você. Que se esquiva das palavras,
das imagens, desprevenido. Como se fosse 
breve o tempo dentro de um poema,
porventura um delirar desinibido. 
Toda a poesia tem teu nome.
ResponderExcluir