sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

o último poema

o último cigarro do dia é na cama
coincidentemente o último poema 
é quando você se encosta de lado 
decidido a esquecer meu rosto 
escorre o seu líquido e eu me reviro
é como uma ânsia que me confunde 
o que eu sinto quando nos avisto 
e eu volto ao plano de me autosabotar 
indecentemente eu retorno a tudo
e a nada como se fosse o primeiro
cigarro, homem e delírio 

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