quinta-feira, 10 de maio de 2018

014

borrei teu nome nos versos
só pra gritar a bagunça urbana
que tu deixava em mim

no corpo grafite
rascunho indiscreto
assinado pela tua língua mundana

bebi dos lábios café
todo o líquido me abraça insônia

é que me borrava
no queimar de bocas profanas

até ficar completamente assim desnuda

na ânsia o corpo dizer
da paisagem abrir os olhos você 

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