quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
ampulheta
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
sábado, 19 de dezembro de 2020
luz e sombra
fragmentação
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
a concha e o mar
sábado, 12 de dezembro de 2020
poder partir sem despedir
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
nesta manhã não sou pássaro
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Gioconda
quero-quero
domingo, 29 de novembro de 2020
codinome
terça-feira, 24 de novembro de 2020
domingo, 22 de novembro de 2020
sábado, 21 de novembro de 2020
Anúncio
flor no asfalto
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
pintura
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
terça-feira, 10 de novembro de 2020
tudo o que for cavalos marinhos
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Dorme, meu filho
Dorme, meu filho
pois a sombra reclinada
é somente o encosto da cama,
deleite do teu descanso
Rostos às luvas
expostas fraquezas tuas,
descubras
o mundo moço
na palma das mãos
Quererás dessa mão dormente
apoio,
verás o rosto
em desespero,
mas serão gigantes
os teus poemas
Há de encontrar face
a te perturbar,
a solidão não será
mais somente tua,
mas de um desconhecido
Ao desvendar a glória
acreditará estar vencido,
talvez pelo ego
que te definhas,
talvez pelo gosto agridoce
no caldo da boca
Dorme, meu filho
amanhã sabemos que virás
ontem tu sabes que já foi
agora tens o sonho de um menino
domingo, 8 de novembro de 2020
nos engole
sábado, 7 de novembro de 2020
ser antes do querer a luz vermelha
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
todos esperavam pelo poema número um
terça-feira, 3 de novembro de 2020
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
jardineira
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
desterrado
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
mel
domingo, 18 de outubro de 2020
Em memória
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
falarei daquilo o que ficou, das horas dormidas
no alpendre da pedra afiada, o filete coagulado
de sangue ou batom, da cor expressiva que nos
atormenta respiro réstia do rosto,
a sombra de um amor que mal se comoveu,
agora o que nos resta é falar daquilo o que ficou,
das horas sem sono, pedra macia, do gosto
de ferro do vermelho, da falta de gesto,
calma dissimulada no sufoco, do corpo
que além de amar pouco viveu
terça-feira, 13 de outubro de 2020
úmida
domingo, 11 de outubro de 2020
Nua
Lá estava eu, de braços cruzados, segurando firme o coração que por um triz batia à sua porta; de botas cansadas e lendo o welcome to hell no tapete trivial e ainda úmido da chuva na sua entrada. Há recordações ainda da miserável nicotina querendo me ajudar a morrer de forma mais lírica do que em frente a uma porta encardida e quiçá mais rígida do que o seu pau em minha boca que pechincha um bocado de absolvição. Seu pau em minha mão. Seu pau tão em mim e essa porta maciça fodendo a minha entrada. Welcome to hell você diria mesmo sabendo que sou monolíngue e do meu espírito pagão. Seu pau em minha mão. Você me ofereceria o sofá-cama e o dilúvio que mataria a minha sede não se encontra em copo d'água. Nós saberíamos. O meu coração preso entre os braços era quem mais sabia, mas sabe-se lá se a água em festa na rua não serviria pra lavar minhas mãos.
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
passarinhos
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
imóvel
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
leões
as minhas digitais foram queimadas
sábado, 26 de setembro de 2020
núpcias
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
os outros
domingo, 20 de setembro de 2020
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
terça-feira, 15 de setembro de 2020
chego à praia, coisa frenezi, uma tontura de chegar, subversa, digo, inteira imensa, de súbito De espuma grama e sal Bem que arranco uma âncora e nos pés uma corrente de corais me avança, bem certo que de espanto afundo de boca aberta. Gosto de gostar um gosto azul do céu do dia da praia, quando finca a cicatriz na cama da pele, faz sol que tem gosto de verão na boca Escancarada, quando a gente avança A distância fica maior, mas tem vezes que o gosto da terra é de um Açaí Maduro, e a infância um destino.
sinto não ter chegado além do sentimento, e me sento indescritível por que Não poder tocar as palavras O mar amortecido, o que é que diga sinto muito. volto à imagem da praia ressecada, molhado a pele Em grãos macios, nuvem erguida embarcações, mais distante do que eu, o corpo.
guardo no bolso o jornal aguado, e as letras uma fotografia
o mar e as pedras, Duas bocas, os beijos aos berros de espuma e uma alegria me confunde com ? procuro palavras. sinônimo de tristeza é esmorecimento, e por não me sentir triste Acho que o sinônimo do meu sentimento não tem nome. mas decidi dar nome à praia e digo imagine Se a gente fosse dar nome a tudo o que encontra, Achei curioso que tivesse decidido dar um nome à praia e soube que era vontade de denominar o que eu sentia, e achando lugar nesse nome, acharia meu lugar no mundo Mania achar que no mundo eu tenha nome e mas não ache lugar
TOMAR NO CU
os cães uivam quando estão tristes
a terra é tão redonda que você olha
para mim como quem nunca
tivesse voltado
o chão se abriu dentro das lavas
os elefantes não esquecem suas crias
morrem chorando
a fêmea come a cabeça do macho
as pontes caíram durante a corrida
ciclistas na orla
ondas destroem o vilarejo
e uma menina procura o seu gato
o gato está dentro de um bueiro
descobriram uma fonte de vida
no inferno de Vênus
e na sua beleza a Terra
domingo, 13 de setembro de 2020
não vejo você
eu simplesmente não respondo
hoje ainda é domingo
por enquanto paro para escrever
é muito pensar
eu me sinto bem
mas como eu disse uma hora ou outra
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
esse título é provisório e mais uma vez eu não termino
terça-feira, 8 de setembro de 2020
desumanização
fachadas, comum era ver o que existia
do bangalô pendurado nas grades
imagens semelhantes, e ali ou na calçada
seguinte qualquer que fosse o destino era capaz
que o nome de flores miúdas na pedra soluçassem. Sol
acima dos
quarenta, sempre pintado. o céu está me
engolindo. afundo em sua boca.
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
6:54
domingo, 6 de setembro de 2020
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
a solidão
domingo, 30 de agosto de 2020
Torquato
sábado, 29 de agosto de 2020
EU
noir
os lugares da memória
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
cortes/
esferográfica
Absolvição
domingo, 23 de agosto de 2020
emergências
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
desperta
domingo, 16 de agosto de 2020
ternura
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
mapa
terça-feira, 11 de agosto de 2020
quero compartilhar uma mensagem contigo
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
das mortes morridas
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
rampa
terça-feira, 4 de agosto de 2020
onde as ambulâncias não ligam as sirenes
enfeitados
domingo, 2 de agosto de 2020
banho de chuveiro
sábado, 1 de agosto de 2020
kafka
quarta-feira, 29 de julho de 2020
perdido
Elliott Smith
sejamos o que sois
segunda-feira, 27 de julho de 2020
as viagens de laputa
sábado, 25 de julho de 2020
Julho
quinta-feira, 23 de julho de 2020
rudimentar
terça-feira, 21 de julho de 2020
o seu retorno em Saturno virá mais cedo
quando o mundo disser que nós da terra
estamos perdoados
eu disse que não viria antes de amargar
mas há quem veja o filme pelas lentes da câmera
há quem mova os pés dentro de uma camisa
e você, meu pequeno Cadillac enferrujado
fez tanto por si mesmo
e ao mesmo tempo nada
ao mesmo tempo em que você se afoga
a superfície se pretende mais rasa
você, e eu e o mundo
numa dança acasalada
em que os planetas diriam
ser o perfeito trânsito vulgar
segunda-feira, 20 de julho de 2020
à F. Passoni - que não leia este e outros meus poemas
espelhada
sábado, 18 de julho de 2020
quinta-feira, 16 de julho de 2020
outra vida
água fria
o coração da noite tocou o meu rosto
revi os vídeos, você me parece
descontraído, mais caloroso
do que quando me tocou nos dias
em que dizia de paixão como quem
toma uma dose de jambu
tomo a ducha de chuveiro pelando
você quase derreteu no meu banheiro
me dizia do banho gelado
dos baldes debaixo da cadeira
você tinha medo de que eu sujasse
a sua cama, mas você viu o que fez comigo?