o meu papel no mundo, adorá-la
e esquecê-la, assim vivo em equilibrio
imperfeito;
assim como diriam os leitores
de mãos, as linhas não mentem
mas adorá-la eu conseguia no simples gesto
de pensar, mas esquecê-la, para isso era
preciso agir;
eu me enganava se pensava
em pensar em esquecê-la, duas, três
ou mais vezes
tinha de usar a minha cabeça
para outra função e assim
chegar a algum resultado semelhante
satisfeita eu só seria se tivesse de lembrar
de não esquecer de adorá-la,
desse modo
eu não precisaria pensar
em outra coisa:
ela e os seus olhos corroídos
mais nítidos soam (na minha memória)
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