falarei daquilo o que ficou, das horas dormidas
no alpendre da pedra afiada, o filete coagulado
de sangue ou batom, da cor expressiva que nos
atormenta respiro réstia do rosto,
a sombra de um amor que mal se comoveu,
agora o que nos resta é falar daquilo o que ficou,
das horas sem sono, pedra macia, do gosto
de ferro do vermelho, da falta de gesto,
calma dissimulada no sufoco, do corpo
que além de amar pouco viveu
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