Toda vez que acordo me debato com ela
me afogando de volta para os sonhos
porque ter que viver
é o que chamamos de pesadelo
e isso não nos desce pela goela
me afogando de volta para os sonhos
porque ter que viver
é o que chamamos de pesadelo
e isso não nos desce pela goela
Nossa batalha matinal só acaba
depois que troco a roupa da alma,
aquela gasta pelo dia a dia
depois que troco a roupa da alma,
aquela gasta pelo dia a dia
Que me pesa no corpo
O coração dela é tão negro quanto a própria íris.
Ela encara o abismo íntimo, os rasgos no passado,
e chora como veio ao mundo: sem querer
Nua ela dança e me convida, me paralisa e equaliza.
Como ela é bonita! Não falo da beleza que seca como uva,
refiro-me à essência que a canoniza
Ela encara o abismo íntimo, os rasgos no passado,
e chora como veio ao mundo: sem querer
Nua ela dança e me convida, me paralisa e equaliza.
Como ela é bonita! Não falo da beleza que seca como uva,
refiro-me à essência que a canoniza
Todo dia ela me encanta com a mortandade
das folhas do outono eterno
refletido pelas suas poesias
que me desenham
Toda noite solitária ela me mostra a Lua
e me canta uma canção de dor
das folhas do outono eterno
refletido pelas suas poesias
que me desenham
Toda noite solitária ela me mostra a Lua
e me canta uma canção de dor
Quando olho no espelho
quase não acredito que a vejo
quase não acredito que a vejo
Curando as próprias feridas
Ela está em mim
escondida
É Lilith que está ai?
ResponderExcluirNão tinha pensado nessa possibilidade, mas pode ser... A interpretação de cada um é aquela que vale.
ResponderExcluirTu é mesmo um privilégio. Cada verso teu é uma constante de prazeres e alegrias, você me faz bem e faz muito bem a poesia.
ResponderExcluirSaúdo tuas criações, muito obrigado.
Boa tarde Gyzelle... nosso corpo é um esconderijo o qual temos que dosar e vasculhar aos poucos.. somos um emaranhando de emoções, sentimentos.. tudo muito bem cravado dentro do nosso interior..
ResponderExcluiras vezes abrimos uma pequena janela interior e temos medo de olhar dentro.. imagina se o todo fosse aberto..
quem sabe com o tempo e com nossa consciência..
abraços e até sempre
Amo a maneira como tu descreve seus personagens, mesmo sem dar nomes ao mesmos. Tua melancolia também é minha.
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