Vejo que carece de meu colo amante
Como quem necessita de ar para satisfazer os pulmões
Ou de morfina para aliviar o martírio
Seus olhos impávidos denunciam o amor que me venera
Nasce a aurora com o grito de morte
Se misturando ao porre noturno que tomei em seu nome
Minha boca entrega o cigarro que traguei por ti
Na busca do seu fim em meu enredo
O cárcere perpetuará seus sinônimos em minha pele
E não precisa ser sábio para desvendar a sua prisão
Não em meus versos crus
Mas em meu peito mórbido
Julga-me culpada de toda a nossa incompreensão
E se maldiz por amar até meus sórdidos defeitos
Beija-me as lágrimas que dóceis estampam a face
Indagando aos ventos o meu padecer
Se eu insinuasse que os olhos não falam você me amaria em silêncio?
Já não posso contar as primaveras com as folhas da margarida
Porque murchar no final da tarde revelaria
Que eu bem-te-quero
Mesmo depois que passar a ressaca de poesia
Lindo poema. A essência poética misturada à fragilidade desse amor me encantaram bastante, ainda mais com o uso de tantas metáforas
ResponderExcluirP.S.: adorei as mudanças que você fez no blog... abraços :)
Gyz---,
ResponderExcluirincansável! há tanto movimento nas palavras quanto nas imagens, um percurso cheio de uma sensualidade amenizada e de carinhos ambíguos.
Esteja bem!
''Que eu bem-te-quero
ResponderExcluirMesmo depois que passar a ressaca de poesia''
Se pra mim já é um afago ler isso, imagina pra quem te inspirou...
PS: Amei o novo layout, e o título do blog! Tá lindo.
Teus versos caem como maná, que nasce em tua alma, que colhes e distribuís com a determinação de alimentar o coração de quem te lê, meu coração sempre tem fome de ti.
ResponderExcluirSaudações!
Obrigada por virem aqui e deixarem tantas palavras bonitas! As vezes gosto de mudar para me inspirar mais ainda...
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