sábado, 1 de novembro de 2014
Estou suando lembranças que nunca existiram
Eu vou sair de cara limpa só para ver se você acredita nas linhas escritas do meu rosto que te condena por um amor cansado. Essas marcas na face expressam seus verões torturantes. Você é todas essas folhas que se renovam mais verdes depois da seca. O chão empoçado de desordem, abafado, por isso que te lembro enquanto evaporo no ônibus indo à faculdade. E tento te amar um pouco menos quando sinto atração por algum estranho de olhos embaçados. Meu coração é noturno. Não consigo parar. A primavera quer morrer junto aos frutos maduros que caem antes de eu te devorar. Monalisa não tem mais mistérios. Você consegue enxergar através dessas lentes escuras de armação Ray-Ban fora de moda? Olhou no jornal que até no horoscopo o seu destino é navegar em minhas águas, e quero te conservar em meu lábio místico, mas por enquanto apenas te traço nesses poemas achando ser o motivo por ser esse sol que escorre agora escaldando meu sorriso.
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Olá, Gyzelle.
ResponderExcluirÀs vezes, muitas vezes, eu também tenho esse problema de "suar lembranças que nunca existiram". A poesia tem disso: consegue colocar em palavras o que de outra maneira não seria possível.
Esta mistura de amor/desamor; raiva; desgosto e desespero, temperados de ironia numa escrita destemida, é fascinante.
bom fds
Gyzelle....
ResponderExcluirAmor de poeta é isso mesmo assim....
Suar lembranças sem existir, tentar de deixar de amar, deixar de tentar amar....
Pois bem....culpe o mundo pelas tuas agonias...
Mas as escreva aqui. A vida de poeta é assim. Sofrer por amor amar para sofrer e nunca deixar de revelar o teu interno.
Beijos!
Desencontros do amor. Muito belo, o texto...
ResponderExcluirBeijo.
Boa tarde poetisa... posso só dizer que tu vais longe com tuas escritas..
ResponderExcluiruma riqueza de detalhes sempre a vestirem teu ser buscando renomados encontros com o todo.. fique sempre bem abraços
Há um momento em que temos ...deixar ir.
ResponderExcluirSob pena de nos tornarmos amargos e de vida presa ao passado.
Perdoar, esquecer, recomeçar, amar-se, só verbos a conjugar, pensa nisso.
Beijinhos
Não deixe de se condensar antes da primeira aula!!!
ResponderExcluirÓtima semana pra você por aí...
Beijos!
Só esse título já me dói por milênios... ♥
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