Vejo através de lentes três vezes maiores do que os meus olhos exaustos a cor do seu azul se diluir ao toque do meu abismo. Assim nessa dança de cores a ausência de paz reina e só eu ilumino com a minha esperança de salvação. Se for bonito, quero estar sonhando agora enquanto te vejo através de um horizonte perpendicular, se desligando dos meus sintomas, respirando o ar saudável de amores estampados nos jornais. Assisto Tarantino e me divirto com o sangue a escorrer como esse sorvete sobre os meus dedos, e lembro de você escapando pelo ralo do banheiro depois de me esfregar pelos azulejos azuis... Efêmero azul...
Sussurro em seus ouvidos a minha frustração por não te fazer ficar, por te deixar solúvel mesmo sabendo que a tempestade viria ao amanhecer junto àquele azul depressivo... E, você sabe, me desculpa, a minha cor não está na aquarela.
Essa frase: "lembro de você escapando pelo ralo do banheiro depois de me esfregar pelos azulejos azuis" ficou tão forte, foi interessante ler, pois creio que existam muitas interpretações...
ResponderExcluirTexto extremamente cheio de paixão e delírios, adorei, Gyzelle!
É, tua cor é a da singularidade, como são singulares teus versos e os teus olhares sobre a tela que o teu poema pinta.
ResponderExcluirComecei a gostar mais da segunda feira, porque ela tem poemas como esse.
Boa semana pra você.