sábado, 23 de agosto de 2014

Helena

Helena bebeu todas as minhas lágrimas e se embriagou de amor próprio
Marcou os livros com as digitais suadas e de fotografias lotou o meu quarto
Ela gritava o amor de plástico que não se pode reciclar
Pois ela sujou a minha vida
Helena rasgou o meu passado com um simples beijo engoli(dor)
- acho que continuo dentro daquela boca com sabor de fruta -
Ela me usa, abusa e transfigura
Eu não tinha esse rosto tão amedrontado...

Helena,
Que dor, helena!
Como dói recordar aquele sorriso místico de cartomante
Junto a olhos faceiros de luneta para mirar a minha sina maldita
Desvendando meu destino nas cartas de um tarot
E logo eu que não sei rimar o amor
Estou aqui escrevendo na poesia essa dor...

3 comentários:

  1. Que arrebatadora tua poesia, com esse meio tom sarcástico e desdenhoso. Eu vejo em ti, as palavras, te rodeando como borboletas e pousando onde tu decida e queira.
    Isso é lindo, saudações!
    Ney

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