Quem sabe agora eu não te escreva a poesia da qual prometi
pois o seu cigarro me queima os dedos
junto a essa barba que esqueceu de crescer
e apenas brinca a infância na sua pele exaustivamente dourada
Você me segue aos becos e bancas em que me meto
só para rastrear os medos
e me salvar até fazer o coração chorar
porque caio em suas armadilhas
Na praia a maré carrega as histórias que não viveremos
e leva para ilhas desertas
até se misturarem com a areia singela
para enfim solidificarem nossos nomes lá pela primavera
Se você ajeita seus lábios miúdos desse modo suicida
é porque sabe da minha tristeza contagiosa
e o meu sangue impuro carioca
mas não se nega a querer me beijar
Moreno, eu gosto é de amar...
meu fetiche por amor é mais infinito do que o mar
os números, as galáxias e o céu da sua boca
(que ainda não provei pois não sei voar)
Estou de greve, srtá Gyz---.
ResponderExcluirAmor é dos fetiches o mais puro e virulento. A pureza se esvai no mesmo lugar que a impureza.
Seu coração é uma fábrica de fetiches. Deve haver muitas coisas para se furtar.
Até mais.
Gyzelle, tenho que te dizer outra vez muito obrigado. Tu sabe escrever os poemas que me dão prazer em ler, isso é o mais puro canto de sereia, sensibilidade e escrita numa única melodia. Prazeroso demais, obrigado outra vez.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Ney
Depois dessa, se eu fosse ele, eu aterrissava agora!
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