Sei que porventura entre todas é a mais vazia
E não pertence a outro além do sofrimento
Conservado em uma redoma
Dentro do desguarnecido peito amado
Abriga nos olhos um céu que desagua tristeza
Como eu queria poder me molhar infinito,
Morrer torrente nesse dilúvio
De sua melancolia teatral
Sofre, como sofre a minha poetisa!
Sofre pela espera de um motivo maior
Que a tire desse abismo individualista
Cavado pelo próprio egoísmo
Eu já prevejo o seu suicídio friamente calculado
E sem vestígios de pecado
Morrerá regada por versos que a possuem nua
Poetisa, teu colo amante é muito mais do que merecido
Bom dia Gyzelle.. tuas poesias sim são vestidas duma nudez única.. poder tirar das palavras todas as vestes que as cobrem é sublime.. poesia sempre nos leva além.. é nossa.. é de todos também.. um excelente dia poetisa querida
ResponderExcluirParecia flutuar a poetisa sobre tua dor . Gyselle. Adorei tua doçura lá no meu feijão, digo: Amor de cada dia.
ResponderExcluirAo ler senti como se o poema tivesse vida e não simplesmente um eu lírico, entende? Como se o poema, em sua personificação, contasse sobre aquele que o escreve.
ResponderExcluirO interessante na poesia é que se pode ter várias interpretações, não precisando abster-se de todas, por uma.
Parabéns pelo escrito.