domingo, 8 de junho de 2014

Se não te falo é porque me escrevo

Resolvi escrever sobre a lua que distante me sorri de um jeito quase solitário, desse caos que se instalou na nossa gente, no meu gerúndio, nas palavras que só saem por escrito. Hoje resolvi escrever sobre a canção que tocou minha fraqueza, as rosas brutas, o amor calculado de um desajustado. Escrevo sobre nós, sobre o nunca, o vazio que se regenera e desintegra a sanidade dos lábios. Irei escrever porque já me cansou o caminho cruzado de um sorriso morto, a primavera que se foi e levou a juventude dos meus versos. Os sonetos tão inférteis repousam famintos no leito belo dos sonhos, o amanhecer já floresce para cantar o nascer da nossa rotina de cada instante, traço no lápis o suor de nossa gente e o fracasso presente em minhas prosas, mas escrevo, escrevo para me desculpar do que nunca disse...

2 comentários:

  1. Maravilloso Texto escoltado por la Luz de la Luna.
    Vengo del blog de Microcontos de Jonatas Rubens Tavares y me ha encantado tu Espacio; por lo cual, si no te importa, me hago seguidor de tan magnífico blog que es el tuyo.
    Abraços.

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  2. Volte sempre, Pedro, será sempre uma honra um comentário seu.

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