teu rosto arroxeado
sem saber se está de bruços
ou debruçada sob meus olhos
vim saber se acordou ainda morna
e te descubro a chamuscar pulmões
a me tocar do outro lado da ponte
daqui te vejo brilhante
mais exposta do que uma pintura
aqui dentro você lateja
com a força de um caminhão na estrada
mais potente do que ontem
e te revelo ainda dormente
apontando no caminho o universo
você me aparece como sempre
com as pontas esticadas
a boca portando uma fornalha
e me esqueço a que vim
se não o pó das horas dos sóis
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