Esquecemos
que amanhã é domingo
Há folia até
o corpo ou a vergonha doer
Erga essa saia pois sei
das suas pernas livres
Isso me lembra
que preciso de um Ana lista
Só escrever sobre suas mágoas
me faz solitário
Sei em ti um jeito agridoce
Me exala o paladar
Misticismo infernal
Uma crença no amor que me arrepia.
Alguém vai magoar seu coração outra vez
Menina
Você não teme o inverno
Tendo um coração tão alugável?
O golpe que levo de suas retinas
me impedem de fugir para longe
do quarto andar de Botafogo
A raiz de suas pernas é um lago movediço
Me arrisco
Me afundando
Submergindo em seus dons
obscuros de me sorrir zombando
Temo por demais sua febre em meu pescoço
Suspiros na hora de voltar pra casa
Onde estão nossas desculpas?
Talvez debaixo dessa saia gingando meu coração
domingo, 30 de novembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
botafogo
deixei um guardanapo marcado de batom na mesa do barzinho,
espero voltar lá num dia ensolarado
espero voltar lá num dia ensolarado
e ver algum garçom lembrar da moça dos lábios pintados
lembrar da minha solidão acenando ao rapaz que almoçava ao lado,
do peso nos ombros de martírios antigos,
lembrar da minha solidão acenando ao rapaz que almoçava ao lado,
do peso nos ombros de martírios antigos,
dos olhos ligeiramente borrados por alguma tristeza atraente
certamente ele virá com a piedade exposta na bandeja e desejará comprar o meu penar
certamente ele virá com a piedade exposta na bandeja e desejará comprar o meu penar
por um preço sem juros
espero ainda que algum transeunte
espero ainda que algum transeunte
me espie pela porta de vidro
e me pague um café
com açúcar mascavo só para tirar o amargo
de meus lábios
espero que o balconista ao me ver pagando a conta
espero que o balconista ao me ver pagando a conta
me dê um desconto por saber que pago caro por saudades que me matam de fome
e me degolam, esfolam, flagelam
eu não tinha esse rosto tão sem identidade, essa pele incolor,
e me degolam, esfolam, flagelam
eu não tinha esse rosto tão sem identidade, essa pele incolor,
tantos sonhos deixados em guardanapos sujos
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Eu matei o meu personagem
Eu te matei aqui, deitada na cama, vestida em um pijama esgarçado
com a maquiagem do dia anterior nos olhos de cachaça e o cabelo embaraçado
te vomitei inteiro no banheiro do botequim na Lapa
e os resquícios das gotas de sangue ainda estão em meu sapato
Eu esquartejei as suas lembranças usando um canivete de prata
e ao incendiar suas fotos em uma fogueira, te transformei em rima ruim
desfigurei seu ego tão esculpido, meu bem
Eu sou culpada por essa morte premeditada
e sei de cor as suas falas
os seus artifícios para me ver desnorteada
eu decorei as letras de suas músicas só para dizer o quanto são estúpidas
Todas as cartas foram ridículas, Fernando Pessoa
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/508.php
com a maquiagem do dia anterior nos olhos de cachaça e o cabelo embaraçado
te vomitei inteiro no banheiro do botequim na Lapa
e os resquícios das gotas de sangue ainda estão em meu sapato
Eu esquartejei as suas lembranças usando um canivete de prata
e ao incendiar suas fotos em uma fogueira, te transformei em rima ruim
desfigurei seu ego tão esculpido, meu bem
Eu sou culpada por essa morte premeditada
e sei de cor as suas falas
os seus artifícios para me ver desnorteada
eu decorei as letras de suas músicas só para dizer o quanto são estúpidas
Todas as cartas foram ridículas, Fernando Pessoa
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/508.php
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Existe amor até nós meus cabelos
A grama da praça pisada, os cachorros fecharam o focinho e não ouço mais o choro por algum amor perdido pois não há amor na praça. O sol quer me ferir por ter saído, feito se fosse tempestade existir. Estou bebendo a mágoa de ser mais diluída do que cor do álcool, costurando a cegueira desses olhos míopes, padecendo por doutrinas, depois das dez, por essa saia curta. Falta um caminho ainda mais curto, menos de um quilômetro para chegar ao seu coração. Os motoristas olham para mim, a janela não abre, e as orquídeas raras. A temperatura se diluindo do céu, mas um raio colorido ainda enfeita a palma da minha mão. Existe amor pisado ao chão. Existe amor nos meus cabelos pintados por tinta vermelha, e nas poesias existe alguém que sequer sei o nome inteiro. Há muitas metades pelas ruas, e quem parte, é meu coração partido, sem tomar partidos....
domingo, 16 de novembro de 2014
Seus olhos são mais tristes do que essas pedras sem cor
Leandro,
Você faz sua arte e torce seus garfos para botar uma pedra, me torceria mais fácil pois eu sou uma artimanha. Venha com essas mãos sujas e me corroa, esfregue a poeira da cidade em minha pele alérgica ao caos urbano. Você é esse oceano poluído, essa água escassa dos rios, meu açude enlameado. Na barba leva estórias que conta com essa voz de sotaque mestiço forjado, sei que seu sangue carioca carece de gingado. Acende esse baseado bem longe porque eu não quero compromissos, te queimo como esse isqueiro vermelho que pedi emprestado. Você quer um pouco do meu cigarro?
Volta e meia eu volto e aceito o convite ao cinema, roubo a cena e te roubo dessa vida sem rumo. Meu cárcere será amar homem tão livre quanto o mar.
Esses seus olhos ainda vão te levar ao inferno, rapaz-sem-endereço.
E lá encontrará abrigo.
Você pertence à liberdade e eu gostei de pertencer ao seu ínfimo desejo mesmo sem nos tocarmos. Sou sua menina das roupas pretas e estamos entre os vivos, levo essa pena de passarinho do Amazonas como brinco na orelha esquerda, mas pena maior é você não poder me levar contigo nessa fuga eterna em busca da paz de espírito.
Dedicado ao hippie, que esbarrei pelas ruas, possuidor de olhos sinistramente tristes
Você faz sua arte e torce seus garfos para botar uma pedra, me torceria mais fácil pois eu sou uma artimanha. Venha com essas mãos sujas e me corroa, esfregue a poeira da cidade em minha pele alérgica ao caos urbano. Você é esse oceano poluído, essa água escassa dos rios, meu açude enlameado. Na barba leva estórias que conta com essa voz de sotaque mestiço forjado, sei que seu sangue carioca carece de gingado. Acende esse baseado bem longe porque eu não quero compromissos, te queimo como esse isqueiro vermelho que pedi emprestado. Você quer um pouco do meu cigarro?
Volta e meia eu volto e aceito o convite ao cinema, roubo a cena e te roubo dessa vida sem rumo. Meu cárcere será amar homem tão livre quanto o mar.
Esses seus olhos ainda vão te levar ao inferno, rapaz-sem-endereço.
E lá encontrará abrigo.
Você pertence à liberdade e eu gostei de pertencer ao seu ínfimo desejo mesmo sem nos tocarmos. Sou sua menina das roupas pretas e estamos entre os vivos, levo essa pena de passarinho do Amazonas como brinco na orelha esquerda, mas pena maior é você não poder me levar contigo nessa fuga eterna em busca da paz de espírito.
Dedicado ao hippie, que esbarrei pelas ruas, possuidor de olhos sinistramente tristes
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
quase não dá tempo de fugir
quero fugir daqui pra algum lugar sem sol
pra te encontrar
porque eu sei que
você gosta do frio
e isso é mais um
pretexto pra te abraçar
quero te contar dos
livros que comprei no sebo de Copacabana
dos riscos que
tracei na parede
no corpo
do piercing que
botei escondido
dos machucados e
resfriados que me deixaram de cama
e da ausência do
meu riso
da cor dos olhos
dele quando me avista
dos poemas que fez
nas minhas costas
e da marca de
cigarro que ele gosta
você precisa saber
que eu escrevo cartas pra ele
não tão autênticas
mas são cartas
e sei que por ser
cartas
isso vai te ferir
eu vou correr daqui
pra te mostrar que
eu ainda estou intacta
mas te esperando
e rezando
mesmo sem religião
alguma
pra algum milagre
acontecer
e ele me conquistar
antes que eu fuja
pra te encontrar
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Mariana
Ela consegue ser essa rima que eu não fiz, o título desse poema,
a poesia em cada canto dessa cidade grande demais
ela está no quadro lúdico de Picasso, e nos versos tristes de Silvia Plath
no céu de hoje com poucas estrelas,
e será daqui a dias, a Lua Cheia
Sei que não são todos os que um dia verão aquele sorriso sutil,
que é Sol em pleno inverno
queimando com a ponta de um cigarro o paraíso
Vejo-a escondida por detrás de cabelos curtos,
vestida de sonhos, meia-calça fina
e vestidos que dançam com a primavera um ritmo progressivo
Ela tem pressa de amar,
então carrega o mar nas próprias pálpebras,
em telas tão delicadamente pintadas
Rabisca a solidão que é tão bonita nos braços,
no violão desafinado
e nas paredes líricas do quarto
Ela me contou dos seus segredos,
e de alguns medos
capazes de narrar fábulas e enredos sobre si
e se me atrevo a escrever o mínimo de tudo o que ela é,
coloco a culpa na licença poética
estampada nos
olhos de galáxia dela
a poesia em cada canto dessa cidade grande demais
ela está no quadro lúdico de Picasso, e nos versos tristes de Silvia Plath
no céu de hoje com poucas estrelas,
e será daqui a dias, a Lua Cheia
Sei que não são todos os que um dia verão aquele sorriso sutil,
que é Sol em pleno inverno
queimando com a ponta de um cigarro o paraíso
Vejo-a escondida por detrás de cabelos curtos,
vestida de sonhos, meia-calça fina
e vestidos que dançam com a primavera um ritmo progressivo
Ela tem pressa de amar,
então carrega o mar nas próprias pálpebras,
em telas tão delicadamente pintadas
Rabisca a solidão que é tão bonita nos braços,
no violão desafinado
e nas paredes líricas do quarto
Ela me contou dos seus segredos,
e de alguns medos
capazes de narrar fábulas e enredos sobre si
e se me atrevo a escrever o mínimo de tudo o que ela é,
coloco a culpa na licença poética
estampada nos
olhos de galáxia dela
domingo, 9 de novembro de 2014
Baixo Gávea
sete anos
de azar
tenho colocado
a culpa da minha
falta de amar
em cima
do espelhinho quebrado
dentro da bolsa
e admiro a rua
que não mudou tanto
desde que a minha solidão
criou nome
e noto o desejo de um amor
desejo que me manche a pele
uma carta justificando
um supérfluo ato passional
que me fume como se eu fosse
o último cigarro do maço
e da noite
necessito me sentir
folheada por mãos
dos outros poetas
os poetas
sempre escrevem
o que eu pretendia dizer
mas só eu digo assim
do meu jeito
esqueci o casaco no bar da Gávea
mas ainda não saí da Gávea
eu acho que esqueci
muitas coisas
a roupa para lavar
e o coração de molho
da janela eu vejo
o amor passar
e nenhuma poesia
por mais ligeira que fosse
poderia recitar
de azar
tenho colocado
a culpa da minha
falta de amar
em cima
do espelhinho quebrado
dentro da bolsa
e admiro a rua
que não mudou tanto
desde que a minha solidão
criou nome
e noto o desejo de um amor
desejo que me manche a pele
uma carta justificando
um supérfluo ato passional
que me fume como se eu fosse
o último cigarro do maço
e da noite
necessito me sentir
folheada por mãos
dos outros poetas
os poetas
sempre escrevem
o que eu pretendia dizer
mas só eu digo assim
do meu jeito
esqueci o casaco no bar da Gávea
mas ainda não saí da Gávea
eu acho que esqueci
muitas coisas
a roupa para lavar
e o coração de molho
da janela eu vejo
o amor passar
e nenhuma poesia
por mais ligeira que fosse
poderia recitar
sábado, 8 de novembro de 2014
Três pintas nas solas dos pés
Desenhei-te no céu enquanto a aurora anunciava a primavera, você é a primeira coisa que me vem à cabeça quando saio dos sonhos esquecidos e esse seu rosto tão esdrúxulo de sedoso cai bem revestido pelo céu felpudo. Mesmo com traços tortos você sai bonita em qualquer esboço, e lembro da sua voz, e logo me vem uma vontade desesperada de acordá-la aos beijos ainda virgens.
Você abre os olhos e te queima a luz, te queima o meu amor exacerbado.
Eu reparei nas pintas que estão pintadas por todo seu corpo miúdo, há aquela mais sensual próxima à virilha e as três mais discretas na sola de seus pés número 33. Reparei em sua falta de vontade de sair de casa sem essa jaqueta jeans da Dior com cheiro de fumaça velha, e no seu medo de baratas, até das mais pequeninas do que as suas pintas. Você se esconde debaixo desses cabelos indisciplinados, e quando me encara, torce os lábios naturalmente rubros de forma tola, como se fosse rir da minha paixão ainda verde. E vive, por não conseguir morrer, aos vinte anos não sabe o que quer ser, mas é. E, moça, mesmo sem querer, quero que saiba que você é aquilo que eu gostaria de ter numa tarde ensolarada de primavera.
Você abre os olhos e te queima a luz, te queima o meu amor exacerbado.
Eu reparei nas pintas que estão pintadas por todo seu corpo miúdo, há aquela mais sensual próxima à virilha e as três mais discretas na sola de seus pés número 33. Reparei em sua falta de vontade de sair de casa sem essa jaqueta jeans da Dior com cheiro de fumaça velha, e no seu medo de baratas, até das mais pequeninas do que as suas pintas. Você se esconde debaixo desses cabelos indisciplinados, e quando me encara, torce os lábios naturalmente rubros de forma tola, como se fosse rir da minha paixão ainda verde. E vive, por não conseguir morrer, aos vinte anos não sabe o que quer ser, mas é. E, moça, mesmo sem querer, quero que saiba que você é aquilo que eu gostaria de ter numa tarde ensolarada de primavera.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
5/11/14
Um coração feito de neve entrou em erupção
São os vinte anos! Amanheci e vi os vinte anos marcados
em minha identidade suja de café,
na carteira de trabalho e em letras condenáveis no diário
as palavras lunáticas não cabem no céu de meio-dia
Eu assisti o surgir de uma nova constelação
queimam meus dedos e
ardem esses sóis achados em sorrisos urbanos, cansados...
a melancolia marcou meu rosto com um traço salgado,
a estrela cadente é carente de amor
Lua alta demais
e eu minguando por ter visto os instantes passarem, me atropelarem
no asfalto, no beco da rua sem retorno,
onde foi parar a saída?
ou fui eu que parei na entrada?
E sou alucinada, feiticeira, cigana obsessiva
senhora de faces que desvendam seus olhos clandestinos,
sobrevivendo deixando destroços abandonados na varanda,
em quartos bagunçados,
no coração de algum pedestre apressado
Morrendo plena de poetizar incansável uma tristeza crônica,
expondo em cada verso uma ferida vulgar e nociva
aceitando a angústia como parasita
...composta do cárcere de amores inventados em ônibus abafados
Tenho vinte motivos para escrever sobre o amor
Vinte
e quatro horas
já passou da hora de acordar, coração...
São os vinte anos! Amanheci e vi os vinte anos marcados
em minha identidade suja de café,
na carteira de trabalho e em letras condenáveis no diário
as palavras lunáticas não cabem no céu de meio-dia
Eu assisti o surgir de uma nova constelação
queimam meus dedos e
ardem esses sóis achados em sorrisos urbanos, cansados...
a melancolia marcou meu rosto com um traço salgado,
a estrela cadente é carente de amor
Lua alta demais
e eu minguando por ter visto os instantes passarem, me atropelarem
no asfalto, no beco da rua sem retorno,
onde foi parar a saída?
ou fui eu que parei na entrada?
E sou alucinada, feiticeira, cigana obsessiva
senhora de faces que desvendam seus olhos clandestinos,
sobrevivendo deixando destroços abandonados na varanda,
em quartos bagunçados,
no coração de algum pedestre apressado
Morrendo plena de poetizar incansável uma tristeza crônica,
expondo em cada verso uma ferida vulgar e nociva
aceitando a angústia como parasita
...composta do cárcere de amores inventados em ônibus abafados
Tenho vinte motivos para escrever sobre o amor
Vinte
e quatro horas
já passou da hora de acordar, coração...
terça-feira, 4 de novembro de 2014
229
Acordei antes das seis ao ouvir o pássaro gritar as mágoas perto da minha janela semi-aberta. Infeliz andorinha que exibe a dor no nome e no canto embargado. Chorei até molhar a almofada, e quis morrer ali deitada. Quis falecer antes de acender a minha desistência diária, rezei mesmo sendo incrédula só para não ter que levantar a carcaça antes do despertador a dor acordar às sete da manhã. Na padaria pedi por favor dois pães na chapa e um café pingado para matar a fome, porém, e a fome da alma desnutrida? Quem fartaria minha alma vazia? O padeiro não parecia disposto a isso depois de ter vendido tantos sonhos. Comprei então uma garrafa de água para sobreviver ao verão do rio. E ainda requebro os quadris ao atravessar a rua porque sei que o motorista do ônibus 538 sempre me olha, mas eu preciso é recitar aos caras o anúncio de que estou quebrada. Sou a bolsa de valores, o mensalão, a conta de luz atrasada. A chave caiu dentro do poço enquanto no elevador apertava o quarto andar, o vizinho deu o número dele caso eu precise de ajuda.
Será que ele possui cola para um coração aos pedaços?
Será que ele possui cola para um coração aos pedaços?
sábado, 1 de novembro de 2014
Estou suando lembranças que nunca existiram
Eu vou sair de cara limpa só para ver se você acredita nas linhas escritas do meu rosto que te condena por um amor cansado. Essas marcas na face expressam seus verões torturantes. Você é todas essas folhas que se renovam mais verdes depois da seca. O chão empoçado de desordem, abafado, por isso que te lembro enquanto evaporo no ônibus indo à faculdade. E tento te amar um pouco menos quando sinto atração por algum estranho de olhos embaçados. Meu coração é noturno. Não consigo parar. A primavera quer morrer junto aos frutos maduros que caem antes de eu te devorar. Monalisa não tem mais mistérios. Você consegue enxergar através dessas lentes escuras de armação Ray-Ban fora de moda? Olhou no jornal que até no horoscopo o seu destino é navegar em minhas águas, e quero te conservar em meu lábio místico, mas por enquanto apenas te traço nesses poemas achando ser o motivo por ser esse sol que escorre agora escaldando meu sorriso.
Assinar:
Postagens (Atom)