Estou chorando um pouco de alma no escuro, minha dor se abre fúnebre como flor sem sol. Girando o sol, pois não aguento mais ficar parada na cama que deixa meus pés para fora no frio. Fumo um maço de cigarros para ajudar o destino com a morte, essa tristeza é quase elegante à noite quando borro os olhos de maquiagem e pinto os lábios com batom escancarado, hão pretextos de silenciá-los, mas não me calo, grito aos copos o meu desespero e soluço no fim da rodada. Eu marco a lateral dos copos e os corpos com o sangue ficcional da minha boca. Estou alcoólatra de ideologias que não me levam a nada, e estou exausta de ler tantas teorias, filosofias. Tenho ânsia de transar com essa poesia todo dia, então me consolo com alguns beijos ao meio-dia da prosa tímida exposta no estio do sol avermelhando as minhas costas.
Você teme amar uma mulher morta?
Fumei pedaços do meu coração para ver se doía.
Eles sempre nos temem... E nós morremos antes da hora.
ResponderExcluirSempre, Hellen
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