terça-feira, 30 de setembro de 2014

Arrisco-me para ver se te risco dos meus pensamentos

Não cabe a mim alertá-lo que andar de bicicleta na contramão assim tão rápido é perigoso porque os riscos de me machucar ao observar seu rosto banhar-se por um sol laranja é maior do que o seu provável acidente. Corro todos os riscos de ralar o coração, plebeu, e não tem remédio pra isso. Não tem remédio que me cure desse sofrimento que é te ver tragar outras mulheres com os olhos.
Eu só queria te avisar que eu já não gosto tanto assim de você.
Sei que vai rir se eu disser que arranquei do mural as poesias que levavam o seu nome, ''tá vendo aquele pôr-do-sol? ele sai de cena porque se curva para você iluminar sozinha" e me dizia com a voz mais doce do que as balas que eu constantemente levo na boca. Levo seu sabor também, levo para onde vou só para não ter a desculpa de te ligar e marcar outro encontro no cinema do centro

Não gosto mais tanto assim de você, mas se viesse agora eu te engoliria não só com beijos, mas com minha alma faminta de romances. Eu arranhei seu nome dos meus poemas como fiz com o seu pescoço carente, eu gosto do estrago que você faz em mim, não de você.

4 comentários:

  1. Sabe aqueles textos que descrevem tão bem o nosso sentir, de modo que da pra ouvir nosso coração gritando e agradecendo por finalmente ter sido compreendido?
    Continue, moça. Ganhaste uma nova leitora!
    Abraços!

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  2. Aff, tem como não. Gosto de tudo ;))

    beijoo'o

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