os mosquitos da sopa
e esquento o sofá
Amo distraído
Amo a fragilidade do seu amor desafinado
e tantas coisas não descobertas
o bolo de laranja em cima do fogão
exposto
troco as fronhas
procuro o controle
e não há nada mais colorido
do que o reflexo do seu corpo
No retrovisor
eu vejo à distancia
a rua em seu perfume incorporado
a longevidade do pulmão
ao caminhar no meio-fio do meu rosto
Amo a postura dos seus caninos
e o frescor de outros carnavais
serpenteados nos sapatos cinzas
Amo o que ainda nem sei amar
mas ainda assim descubro um ângulo
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