mar entrando na boca em costa rasa
as mãos delicadas a fúria do adeus
penso que nessa infância o sonho
desconhecido é o amor entrando na fala
é o amor conhecendo a cidade
dos balanços, do mar surtando
o encontro do corpo inchado
o quilo de vida suspensa a borda do rosto
instante ácido ainda na boca
do amor se encontrando com as placas
e a direção, a estrada e o caminho
de casa, aqui dentro tudo inunda
aqui permanecemos fundo
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