eu que não saí de casa a bater porta
suprimi gritos engavetados
atenta ao bafo do mundo pedindo que calasse a boca a qualquer gesto de afeto;
vacilante quanto à sombra de antepassados desconhecidos,
assino transtornos inexplicáveis dados às autoridades, essas que atrelam a mim responsabilidade por um mundo assombroso, entretanto ignoro-as em meu tribunal.
carrego na face um susto profundo
e assopro antes de levar à boca
e mais outras besteiras que sem saber o porquê a gente aprende a resignar quando é hora de pisar no seu crânio pedindo que sorria.
luz lá na frente do buraco que você tá metida até início da próxima vida,
mas veja se é possível permanecer impávida diante do poder das águas e dos olhos que delas são fontes!
és então gentil relevo, veludo meigura as veias rubras, posso esparramada entre o sedoso do amor me ausentar
posso permecer por toda essa vida
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