Nunca gostei de sapatos abertos, pois meus pés são tortos e isso me lembra corações sem cadeados, assim desatentos, sem óculos ou lentes que aumentem o tamanho do perigo de um amor nesse Rio de Janeiro. Nunca gostei de você partindo em um ônibus colorido me partindo, e sorrindo assim sem jeito, como se não fosse cúmplice da minha paixão brutal.
Me põe no colo e me conta uma história sobre sua jornada de vida entregando declarações, minta sobre o nosso futuro, invente nomes para nossos dois filhos e cante algo que me faça chorar mais do que chorei por não te ouvir.
Senti isso pesar pra caramba, ainda por ser contado de forma tão sutil (um tanto contraditório, mas é isso). Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirVou chamar - em minha mente, teu poema de transfusão, porque senti como sangue novo, injetado e correndo acelerado em minhas veias. Tem essas horas tuas, que me deixam tomado de arrebatamento.
ResponderExcluirObrigado e saudações.
quid.
Fantástico!
ResponderExcluirDói.
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