que há no vínculo das minhas mãos,
a sombra partilhada da solidão
ou o silêncio dos pássaros –
este o qual nunca esbarramos
esmorecer na seiva da tua saliva
ainda morna após um longo sono
ainda que o meu corpo esteja
a palpitar feito as asas do canário
pousado neste cubículo iluminado
posso te entregar as palavras e a beleza
não concluídas, ainda que distante
o meu gesto requer mais do que carícia
e sim a tua fúria de Capricórnio
um cosmo na polpa das minhas pernas
entre-abre o espaço o vento o tempo
entre eu e a poesia, requerer da tua face
além do amor o resquício do ódio
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